Muito se ouve falar de testes para clubes, as chamadas peneiras. Porém, em muitos casos, pouco se sabe como são feitos os testes. Durante a semana, divulgamos informações a respeito dos testes que acontecem até sexta-feira para o Clube Atlético Paranaense e se pôde conferir qual a forma de trabalho nas peneiras.

No caso da peneira realizada em Brusque, o clube enviou, além do observador técnico da região, Osnildo Kistner, o coordenador de captação de atletas, Alessandro Brito. Os dois observam e anotam dados e características de todos que passam pelas avaliações. O primeiro passo é um treino de fundamentos básicos do futebol, como passe e domínio.

Após isso, os jogadores são separados por posição e, em alguns casos, os garotos têm de ser remanejados para outra posição, onde pode se descobrir uma nova função em campo. Divididos em equipes, os futuros craques disputam jogos de 20 minutos entre si, revezando as equipes dentro de campo.

Dos testes, alguns garotos serão convidados para participar de testes em Curitiba, e continuarão a serem observados por mais um tempo, dependendo da idade de cada um. No caso do Atlético Paranaense, o futuro atleta pode morar no CT do Caju com apenas 14 anos completos, pois o clube cumpre determinação do Ministério Público.

Uma vez dentro do clube, o garoto recebe todo o apoio para a formação não só de atleta, mas de cidadão. Um ônibus leva e busca os atletas na escola. Fora do horário de aula, todos os internos têm duas aulas de uma hora por semana de inglês dentro do centro de treinamentos. Em meio a isso tudo, segue a formação do atleta.

De acordo com Alessandro, calcula-se que o tempo de um atleta desde o primeiro acompanhamento em testes, até a estreia no profissional, leve em torno de seis a sete anos. Nos dois vídeos abaixo, você pode conferir como é o jogo entre os avaliados para as categorias de base do Atlético Paranaense.